domingo, novembro 09, 2008

Voltar a postar aqui

Fundamentalmente quando houver alguma para dizer...

Mas alguém acredita que o Tony Carreira tenha plagiado canções???

sexta-feira, abril 18, 2008

Para os meus amigos que dizem: "ahhh e tal, isso de trabalhar com autocarros é uma seca... nunca se viu um autocarro a fazer rally!"

Ok, nunca me disseram isso, mas se dissessem tinham uma resposta em grande.

Quando é que voltamos a "postar" aqui?

quinta-feira, julho 05, 2007

Fui às compras

Comprei um mapa de Angola nas ruas de Luanda, segue-se a transcrição da conversa:

- Quanto custa o mapa?

- 2.500 Kwanzas!

- Estás maluco! Isso é muito caro, não quero!

- É muito caro? 2.200.

- Não.

- Ainda é muito caro? 2.000

- Continua a ser demasiado caro.

- 1.700

- …

- 1.500

- Não, isso não vale 1.500, no outro dia queria vender-me um por 1.300.

- Ok, 1.300 Kwanzas.

- Não, continua a ser caro.

- Vá, 1.300.

- Não, só tenho 1.000 Kwanzas.

- Não, 1.300.

- Pronto, então deixa lá, não quero o mapa!

- Não, não. Toma.

Acabei por comprar o mapa por 1.000 Kwanzas. Para terem uma ideia, 1€ corresponde a 100 Kwanzas (moeda nacional de Angola). Sim, 10€ pelo mapa foi um roubo.

terça-feira, julho 03, 2007

Verão

Quando é que vem o verão?

Esta recente alteração climática está a causar danos irreparáveis na população mundial.
E não estou a falar do aumento dos gases com efeito de estufa ou do tamanho do buraco do ozono.
Que se foda o degelo e o desaparecimento de algumas zonas costeiras (eu nem curto muito praia). E se morrerem animaisinhos: também já temos espécies a mais!

O problema é que não as vemos de top “kaikai” tantas vezes… camisolinhas de alça? mini-saia? viste? nem eu!!

Mas diz o caro leitor: “porra este gajo é burro! Então com todas estas alterações climáticas tem-se verificado um aumento substancial da temperatura e ele ainda se queixa!!?!”

Concordo com a 1ª parte, discordo da segunda e não, não tenho dúvidas em relação a nenhum ponto de exclamação, estão lá bem os 3.

Passo a explicar:

Com este clima não existem estações definidas, isto é, posso, por exemplo, sair de casa em pleno Julho e levar uma molha na ida para o emprego.
Só porque sim.

Conclusão:
Ninguém tem coragem de arrumar a roupa de Inverno no armário porque a ultima vez que precisou de um casaco de malha e do chusso foi na semana anterior.
As gajas, ao sair de casa, começam a pensar duas vezes naquilo que vão vestir, e mesmo que esteja um calor descomunal tendem a levar sempre um top catita e um sobretudo que esteja por lá à mão “não vá o tempo arrefecer”.

Ora fosca-se!

segunda-feira, julho 02, 2007

Asilo

Apesar de já não ser propriamente novidade, gostava de saudar a instituição Sporting Clube de Portugal por ter assumido as suas responsabilidade sociais, criando um asilo para os antigos jogadores dessa outra instituição Sport Lisboa e Benfica.
Sim, estou a falar da fantástica contratação do Derlei!!! Sim, contrataram um ex-campeão europeu, sim, fica mais barato do que o Alecssandro, sim, foi de graça, mas o gajo foi assobiado na Luz!!!
E já ouvi dizer que estavam a pensar contratar o Geovanni....

terça-feira, junho 26, 2007

Lugar reservado

A coisa que mais me entristece nas viagens a Angola é ter a certeza que não me vou lembrar de todos os episódios que por aqui passei...
Estava a passar na marginal de Luanda e reparei na bandeira espanhola num dos edifícios. Conclusão lógica: deve ser a embaixada espanhola. E era! Até aqui tudo bem....
Como é mesmo muito complicado estacionar na marginal, normalmente os edifícios têm alguns lugares de estacionamento reservados para quem lá trabalha. Como é lógico, a embaixada também tem.

(A piada vem agora)
Estava a passar em frente ao edifício da embaixada, e reparo que o espaço dos lugares de estacionamento da embaixada de Espanha coincide em largura com a passagem de peões...

Citando os nativos: Yá....

Luanda et all

Após mais de um mês em Luanda a coisa que mais me admira continua a ser a obsessão destes gajos com a lavagem dos carros... Como é que é possível que, no meio de África; num país em que mais de 80% da população não tem água canalizada e os 20% que têm, recebem água pior do que a água do Algarve; onde no Cacimbo (o equivalente ao Inverno do hemisfério Norte) a temperatura mais baixa são 20ºc; como é que é possível que não consigamos passar numa rua sem ver um gajo a lavar o carro???
Mas não é lavar o carro como eu lavava o carro da minha mãe em casa para receber 2 contos, é esfregar os pneus, deixar as jantes esplendorosas e deixar os vidros tão brilhantes como diamantes. Se há coisa em que estes gajos se esforçam é a lavar o carro!!!!
No fim da semana que passou o motorista virou-se para mim: "É preciso lavar o carro..." do género, tens que me dar dinheiro para lavar o carro. Ao qual eu respondi: "Pois é. Tens que falar com o outro motorista para ver como é que ele faz isso...". Hoje disse-me "Deixo o patrão no escritório e depois vou a casa lavar o jipe e o carro."
Se calhar esta obsessão tem a haver com a quantidade de gajos que são multados ou presos por terem o carro sujo!!!

It's Africa. Forget everything you know...

quinta-feira, junho 14, 2007

Metro

Isto de andar no Metro todos os dias, tem que se lhe diga. Os fenómenos cómicos sucedem-se e começamos a reparar nos padrões comportamentais das pessoas.

A primeira é sem dúvida a dança que se verifica a quando da chegada do metro. As pessoas não ficam no sitio onde estão e esperam que o metro pare para se deslocarem para a porta, antes, começam a andar no sentido em que o metro vai, como se ele fosse fugir e fosse preciso ir atrás dele porque onde elas estão não vai ficar uma porta de certeza absoluta! As portas vão todas parar mais à frente e por isso temos de andar em uníssono no sentido do metro. Se se deixarem um bocado para trás e deixarem o fenómeno desenrolar vão apreciar uns momentos fantásticos de humor. E depois entramos no metro exactamente no sitio onde estamos pois uma porta acaba por fugir sempre à regra e pára mesmo à nossa frente, poupando-nos várias calorias na corrida atrás da porta do lado...

Depois de entrar no metro também há outras particularidades (isto de ser pobre e andar em transportes públicos dá bastante material para escrita - o que também é outro sinal de pobreza, escritor é sempre pobre, a não ser que escreva sobre um adolescente com cabelo à tigela que pensa que vai ser o Luís de Matos quando for grande - nota: Luís de Matos é muito mau Harry!).
Ora, dentro do metro e em hora de ponta também vemos coisas interessantes, tal como o facto de vermos constantemente as mesmas pessoas à mesma hora com o mesmo ar ensonado, mal disposto e com cara de poucos amigos logo às 8:00 da manhã. Consequentemente, ao fim de alguns tempos começamos a ter crises de auto-estima porque como todos os dias vemos a mesmas pessoas, começamos a achar que: ou nos estão a perseguir, ou então estão ali para nos julgarem. "será que lavei bem os dentes? será que os lavei?", "tenho as meias a cobrir o fato? aquela tipa está a olhar para as minhas meias", "hum é melhor não tirar o telemóvel para a mão agora, que aquele tem ar de gatuno, no outro dia vinha de brinco". Também podemos ver isto de outra forma e pensarmos que, numa vida em que temos pouco tempo para que seja o que for, temos ali uma oportunidade de criarmos um grupo de amigos, pá, um grupo de amigos não podem ser pessoas com um interesse comum? ali temos uma série de pessoas que 1- se encontram todos os dias à mesma hora 2- estão sempre com o mesmo estado de espírito 3- querem todas chegar ao emprego e constatar que houve um atentado terrorista no edifício e não vão poder trabalhar logo vão voltar para a caminha (viram o uso de um diminutivo carinhoso para aligeirar a conversa?)

Outra situação que ocorre frequentemente é com aqueles lugares mesmo junto à porta que foram pensados para um metro que ande vazio, ora em horas de ponta esses mesmos lugares são um obstáculo a quem quer entrar ou sair do metro por qualquer razão, quiçá porque era essa a paragem onde deviam sair, os malucos... (gosto muito da palavra quiçá e vou tentar usá-la em todos os parágrafos ou até, numa atitude quase maquiavélica, quiçá, em todos os textos). Bom, esses lugares em hora de ponta são de facto um obstáculo, a os responsáveis do metro ao fim de 2 anos perceberam isso (alguém deve ter, quiçá, perdido a sua paragem mais do que uma vez), e portanto colocaram uns autocolantes onde se lê "não utilizar os lugares em horas de ponta". Resultou? Mais ou menos. É que os termos não foram muito explícitos e "hora de ponta" para uns não é o mesmo que para outros. O que é de facto uma "hora de ponta"? Para uns será entre 8 e as 9 e depois entre as 5 e as 7... para outros será mais tarde, para outros será um termo de um filme pornográfico... Devia haver um cheiro nauseabundo que se colasse à roupa de quem se sentasse nesses lugares nessas horas para que, de facto, quiçá, as pessoas deixassem de usar os ditos...
É que há sempre quem quebre a regra, seja uma senhora gorda que entra e não tem mais e senta-se na primeira prateleira que encontra para pousar os seus 200 kg de batatas fritas, queijo e fritos. Ora essas senhoras são precisamente uma hipérbole ao obstáculo que aqueles lugares já fazem pois já não basta eles impossibilitarem a entrada e saída de passageiros, como vem um hipopótamo e preenche o equivalente a 6 pessoas que comem salada em vez de batatas fritas ou 4 das minhas...
Eu acho que as pessoas gordas têm geneticamente duas características: tão sempre bem dispostas, e não querem saber do que os outros pensam desde que se possam sentar no metro. Como são gordas, as pessoas não vão dizer nada, coitadas.
Depois há outro grupo que gosta de usar esses lugares em hora de ponta, que são os adolescentes com mau aspecto, brincos nas orelhas e ar de quem vai gamar qualquer coisa ou trazer 50 amigos para nos bater, que se sentam imediatamente nesses lugares a mascar qualquer coisa, com um chapéu de ciclismo a dizer sicasal, calças rasgadas, correntes ao pescoço, brincos, piercings e a dizer 30 palavrões a cada 40 palavras, vá lá, 35. Estes apenas fazem valer a sua posição nos primeiros 5 minutos, porque depois ou alguém maior que eles lhes manda levantar e eles porque estão sozinhos e sem os 50 amigos, comem e calam para não levar uma humilhação em público com o metro cheio, ou então com a entrada das pessoas ao empurrões porque têm de entrar neste metro nem que matem alguém (por vezes é realmente isso que parece ao ver as pessoas a empurrar outras quando o metro já parece uma lata de sardinhas enlatadas sem espaço para respirar, mas eles querem, e conseguem mesmo entrar, diga-se a verdade. Ora, nestas situações, eles não têm hipótese e levantam-se para não serem esmagados pela multidão.

Ou seja, os gunas acabam por deixar de ser um problema, ficam as gordas.

Ir num metro tipo sardinha enlatada é um risco enorme senão vejamos o que nos pode acontecer e para o qual temos de estar atentos, mas sem grande margem de manobra:
Sermos gamados (e eu que vou há beto com um saca à tiracolo)
Sermos apalpados (se for uma gaja, que se lixe, mas pode ser um gajo)
Levarmos com o cheiro do sovaco deslavado do amigo do lado
Ir uma gaja com umas grandes mamas sentada na carruagem e não podermos contemplar a paisagem olhando para o vidro que faz de espelho (as técnicas são muitas meus amigos)
Termos um ataque de pânico e as pessoas ficarem contentes pois ao desmaiarmos, já há lugar para mais um à medida que nos esmagam com os pés
Não conseguirmos sair na nossa paragem (isso é realmente algo que me preocupa pois não sei o que seria de mim se tivesse que sair na paragem a seguir).

Por tudo isto, comecei a levantar-me mais cedo.